sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Desabafo

Já o disse que não consigo imaginar a minha vida sem cores. Até sendo um bocado sinestésica seria um bocadinho difícil não ser assim. Mas há dias em que só apetece em não pensar em cor, talvez só sentir. Porque ter sensação de cor, sonhar a cores, imaginar tudo a cores, é uma coisa, agora ter que pensar, analisar e definir cor pode ser um bocadinho cansativo e esgotante. Mas escolhemos a nossa profissão na área da cor, temos que aprender a viver com isso.
Lembro-me aqui há uns anos que tentava fazer a saída de um rótulo de leite infantil do CorelDraw, em que a imagem principal era um pato amarelo. Podem não acreditar mas andei dias a sonhar com o madilto pato amarelo, parecia perseguição. Tudo porque o dito pato na impressão da prova de cor e fotolito fazia transparência no amarelo e o desenho das patas, asas e bicos que deveria estar escondido com o corpo do pato via-se todo.
Ou então um desenho de boneca com umas tranças que teimava não ter a cor de cabelo escolhida pela criativa.
Ou então o folheto de uma loja de animais com promoção na comida para os canários e periquitos, que depois tido o trabalho de digitalizar todas as imagens fornecidas pelo cliente, sabe-se lá de onde e de ter feito as respectivas correcções, o simpático e ecologista cliente resolveu escolher um papel reciclado amarelado para o folheto. Papel amarelo, canários amarelos, periquitos azuis e verdes, imaginem o resultado. Era o trabalho na máquina de impressão offset e eu no Photoshop a fazer ajustes nas imagens para aquele papel. Estes ajustes foram tantos que se fossemos imprimir o trabalho num papel couché por exemplo, ninguém acreditaria que aquilo eram canários e periquitos.
E depois a informação que temos assimilar: RGB, CMYK, LAB, perfis de cor, calibrações, Pantones, tintas, pigmentos, temperaturas de cor, degradés, original de cor do cliente, etc. etc.
Há dias em só me apetece ficar num quarto em tons suaves e fechar os olhos e viajar no meu mundo de cores. É que essas eu tenho a certeza que são as correctas, são as minhas, são as minhas sensações de cor e de mais ninguém.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tabela de Munsell

Há muitos anos atrás quando inicei os meus estudos nas artes tive que fazer um exercício prático que consistia em criar uma tabela quadriculada em que partia de uma cor qualquer e à qual ia juntando pequenas quantidades de preto, de cada vez que juntava tinta preta pintava um quadrado da minha tabela. No final tinha, mais ou menos, um estudo do comportamento de uma cor com preto. Digo mais ou menos, porque na teoria o exercício era entendido, mas prática, estar a calcular pequenas percentagens iguais de guache preto que devia juntar à cor original, de forma a ter uma coerência no aumento do preto, era complicado. E a cor original? Se era composta tinha que calcular a quantidade suficiente que chegasse para o exercício todo, e se não me falha a memória acho que fiz com laranja, porque ter que ir fazer mais tinta a meio do exercício era o risco de não acertar mais no tom. Mas foi um exercício estimulante e acho que pela primeira vez começei a pensar mais na cor.
Anos mais tarde no começo da minha vida profissional deparava-me com o problema comum, saber qual a percentagem de CMYK de uma determinada cor de um original impresso. Com o conta-fios ia ver qual a trama das cores, mas pela falta de experiência a maior parte das vezes não conseguia perceber muito bem qual a percentagem correcta. Então recorria a um livro de apoio da empresa, melhor que o catálogo de Pantones, nesse livro por cada página existia a mesma quadrícula do meu exercício de pintura, mas neste caso impresso em off-set e com o mesmo princípio, ver a diferença de tonalidade de uma cor à medida que se aumenta ou diminui uma percentagem. Além das páginas com as cores CMY com o Preto, tem as páginas com as combinações possíveis das cores CMYK. Este livro ainda hoje é um excelente apoio de trabalho e ao longo destes anos tem servido para me tirar muitas dúvidas quando analiso um original impresso.

«Sobre a cor

No caso da cor-pigmento, uma cor é considerada pura se a concentração da substância-pigmento no meio que a contém for de 100%. Qualquer mistura com outro pigmento produzirá uma cor que não será reconhecida como a primeira, a menos que seja o branco a cor adicionada. Neste caso, é possível a construção de uma escala de tons para uma mesma cor – que vai da chamada cor saturada ao branco – correspondendo a concentrações da substância-pigmento de 100% até 0% à medida que se introduz criteriosamente mais branco à mistura. Os valores desta escala são chamados croma ou saturação, enquanto que o matiz é a qualidade que se reconhece na cor independentemente da saturação, que é a qualidade de ser vermelho, laranja, amarelo, verde, etc. Em termos de cor-luz o matiz é a percepção do comprimento de onda, ao passo que o croma é a percepção da razão entre a intensidade da luz no comprimento de onda em questão e o nível de branco do espectro.
Em 1898 o pintor norte-americano Albert J. Munsell criou um sistema de cores juntando um certo número de cromas que foram dispostos numa sequência de modo que parecessem igualmente espaçados. Em seguida escureceu cada um deles com uma pequena quantidade de preto, dando origem assim a um novo conjunto de tons muito parecidos com os anteriores, mas dando a impressão de terem menos luz. E assim prosseguiu, acrescentando à última sequência sempre uma mesma quantidade de preto, até atingir o escuro total. Com isto, cada matiz tornou-se perceptivamente comensurável através, de uma escala matricial de n cromas por m valores de luminância. Um elemento desta escala de luminância – uma escala na qual a energia luminosa é corrigida para compensar a variação da sensibilidade do olho com o comprimento de onda – foi chamado por Munsell de valor, simplesmente. Os pintores se referem a estes tons na progressão do escurecimento como uma escala de rebaixamento da cor. Os atlas modernos de cores baseados no sistema de Munsell, bastante difundidos entre pintores, trazem cerca de 60 matizes igualmente espaçados na gama visível, cada qual com 10 valores de croma por 9 valores de luminância, perfazendo um total de 5400 tons. Ainda que a metodologia de Munsell tivesse uma componente empírica bastante acentuada, o seu resultado foi de tal modo cartesiano que se evidenciava um sistema legítimo de ordenação das cores segundo a percepção. Munsell representa o equilíbrio da intuição com o conhecimento e a convivência possível da arte com a ciência.»


Fig. - Página de Munsell para o comprimento de onda de 550 nm

Teoria da Cor

Sabemos que a cor é um fenómeno subjectivo e individual, porque é criada no nosso cérebro quando o olho é estimulado pela luz emitida dentro espectro electromagnético visível (comprimento de onda entre 380 e 700nm). Quer dizer que um mesmo comprimento de onda pode ser intrepretado diferentemente por pessoas diferentes.

Sabemos que é na retina do olho humano que estão receptores responsáveis por captar e processar a informação visual que vai ser intrepretada pelo cérebro.
Sabemos que dos receptores que há dois que se destacam, os cones e os bastonetes. Sabemos ainda que os bastonetes são mais sensíveis à luz, enquanto que os cones às cores e que estes estão distribuídos essencialmente na fóvea (centro da retina) e que temos 3 tipos de cones (RGB) sensíveis a comprimentos de onda diferentes.

«A sensibilidade do olho à cor se dá através de pigmentos, sensíveis à luz, presentes nos cones, chamados de fotopigmentos. De acordo com a teoria tricromática ou dos três estímulos, de Thomas Young, a retina é formada por três tipos de fotopigmentos capazes de receber e transmitir três sensações distintas. Um dos grupos de fotopigmentos é mais sensível aos comprimentos de onda curtos; esses pigmentos não se sensibilizam por comprimentos de onda que excedam o valor de 5.29 x 10-7m.; possuem pico de resposta próximo a 4.45 x 10-7m.; motivo pelo qual são popularmente conhecidos com fotopigmentos azuis. Os outros dois grupos são mais sensíveis aos comprimentos de 5.35 x 10-7m. e 5.75 x 10-7m., mas esses, ao contrário dos azuis, são sensíveis também a todos demais comprimentos. Devido à sua maior sensibilidade para os comprimentos citados, eles são chamados de fotopigmentos verdes e vermelhos respectivamente: a denominação de vermelho não é muito apropriada já que 5.75 x 10-7m. se aproxima mais do amarelo. A figura mostra a sensibilidade relativa da visão para um suposto observador padrão, para diferentes comprimentos de onda, para um certo nível de iluminação. A sensibilidade do olho depende do comprimento de luz incidente; ela é máxima para comprimentos de onda de aproximadamente 5.60 x 10-7m., isto é, o sistema visual é mais sensível na parte central do espectro visível e se torna menos sensível na direcção das extremidades. Isso significa que, para serem percebidas, as cores azuis ou vermelhas devem ser bem mais intensas do que as amarelas ou verdes.»



Agora o que não sabemos é como o cérebro depois de receber estas informações dos fotoreceptores faz a interpretação da cor. E será que são só os cones os únicos receptores responsáveis pela captação da cor? A partir daqui ainda há um mundo a descobrir.
Mas como temos um princípio foram elaboradas teorias, que resumidamente nos dizem que a cor é o resultado da soma de 3 quantidades; 3 tipos de impulsos nervosos ou 3 tipos de informações.
Temos a Teoria Tricromática de Young-Helmoltz que nos diz que todas as cores são formadas a partir de 3 cores primárias.
Ou temos a Teoria das Cores Opostas que nos diz que a percepção das cores é feita pelos 3 tipos de contraste de cores, especificamente o
verde—vermelho; azul—amarelo e o branco—preto.
Estas teorias são explicadas pelos 3 tipos de cones diferentes, a sua sensibilidade específica aos comprimentos de onda e como são transmitidos os impulsos nervosos ao cérebro.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Visão em RGB

Afinal vejo em RGB...
Sempre soube que as cores se classificam a partir das cores primárias, se falamos de luz temos RGB (Red, Green, Blue) mas se falamos de pigmento temos CMY (Cian, Magenta, Yellow). Por defeito de profissão fui sempre classificando as cores em CMY, quando vejo um vermelho identifico-o logo como 100% Magenta + 100% Amarelo. Ou como quando comecei a trabalhar e ouvia dizer que o cliente queria o impresso em "azul esferográfica" que correspondia a 100% Cian + 70% Magenta. Até mesmo quando olho para o céu num dia claro e vejo as tonalidades variarem em percentagens de Cian, podendo algumas vezes terem um cheirinho de Magenta.
Mas o que eu não estava à espera era de saber que os dispositivos do nosso olho são em RGB, claro que era implicito para mim que na visão porque é estimulada pela luz as cores seriam classificadas em RGB logicamente, agora haver receptores no nosso olho em RGB foi uma novidade. Vamos então aprofundar melhor esta questão.

O olho humano tem a forma de um globo e está dentro de uma cavidade óssea, a órbita, e é protegido pelas pálpebras. Externamente tem seis músculos responsáveis pelos movimentos oculares. Cada olho é constituído por 3 túnicas (camadas): a Externa com função protectora e que são a córnea e a esclera; a Média com função vascular e é composta pela coróide, corpo ciliar e íris e finalmente a Interna com função nervosa e é a retina.
Na túnica Externa, chamada esclerótica (branco do olho), a esclera ocupa a maior parte, é opaca e nela estão inseridos os músculos extra-oculares que movem o globo ocular dirigindo-o para o objectivo visual. Na parte anterior está a córnea que é transparente e funciona como uma lente convergente.
Na túnica Média denominada de úvea temos a coróide que está localizada abaixo da esclerótica e é intensamente pigmentada porque estes pigmentos absorvem a luz que chega à retina e evitam a sua reflexão. Como é muito vascularizada a sua função é nutrir a retina. Temos também a íris que é dotada de um orifício central em que o seu diâmetro varia consoante a iluminação, a pupila. Assim nas sombras a pupila dilata enquanto que na claridade se contrai. Permitindo uma entrada de maior quantidade luz quando diâmentro de pupila aumenta em ambientes mal iluminados, quando pelo contrário em locais muito claros, o diâmentro diminui para evitar o ofuscamento e impedir que luz em excesso vá lesar as células fotossensíveis da retina. Resumindo regula a entrada de luz no olho a exemplo do diafragma de uma máquina fotográfica. Por fim temos o corpo ciliar que forma o humor aquoso que preenche a parte anterior do olho e que possui o músculo ciliar que sustenta o cristalino no lugar e altera a forma deste.


A túnica Interna é composta unicamente pela retina e é aqui que se formam as imagens do que vemos. Essencialmente a retina é composta por dois tipos de células sensíveis à luz, os cones e os bastonetes. A luz ao chegar à retina estimula os cones e bastonetes que por sua vez dão origem a ondas eléctricas que são transmitidas pelo nervo óptico até o cérebro, que na região responsável pela visão processa-se o fenómeno da formação de imagens. Cada olho recebe uma imagem e no entanto vemos os objectos como um só devido à capacidade de fusão das imagens numa única. A visão binocular, com os dois olhos, dá-nos uma maior campo visual e a noção de profundidade. Normalmente as imagens dos objectos que olhamos directamente formam-se na região da retina alinhada pela a linha que passa pela pupila e pelo centro do cristalino, pelo eixo do globo ocular. Essa região chama-se de fóvea e predominam os cones, as células mais sensíveis à visão das cores. A imagem fornecida pelos cones é mais nítida e rica em detalhes. A fóvea é a região da retina altamente especializada pela visão em alta resolução, como contém apenas cones permite que a luz atinja os fotoreceptores sem passar pelas outras camadas da retina aumentando a acuidade visual. Há três tipos de cones: um estimulado pela luz vermelha (R), outro pela luz verde (G) e o terceiro pela luz azul (B).
O resto da retina praticamente só tem bastonetes que são sensíveis à luz. Nestes existe uma substância sensível à luz, a rodopsina e em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender exclusivamente dos bastonetes.
Os cones encontram-se principalmente na retina central, cerca de 7 milhões por olho, enquanto que os bastonetes ausentes na fóvea estão distribuídos na retina periférica, cerca de 123 milhões. No fundo do olho está o ponto cego, insensível à luz. Aqui não há cones nem bastonetes e deste ponto cego saiem o nervo óptico e os vasos sanguíneos da retina.



Resumindo no nosso olho temos uns fotoreceptores denominados cones e que são responsáveis pela nossa visão a cores sendo divididos em três tipos: RGB. Cada tipo destes cones está especializado na absorção de um comprimento de onda específico correspondentes ao vermelho, verde e azul. Por isso os cones também podem ser classificados com SML (Short, Medium, Large) referentes ao número do comprimento de onda para as mesmas cores.
Assim as únicas cores captadas pelo nosso olho são estas três, sendo as restantes construídas pela retina. Curioso, não é? Afinal só vemos em RGB e o resto é composto depois.


«… Ora, não percebeis que com os olhos alcançais toda a beleza do mundo? O olho é o senhor da astronomia e o autor da cosmografia; ele desvenda e corrige toda a arte da humanidade; conduz os homens às partes mais distantes do mundo; é o príncipe da matemática, e as ciências que o têm por fundamento são perfeitamente correctas.
O olho mede a distância e o tamanho das estrela; encontra os elementos e suas localizações; ele… deu origem a arquitectura, a perspectiva, e a divina arte da pintura.
… Que povos, que línguas poderão descrever completamente a sua função! O olho é a janela do corpo humano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com a beleza do mundo.»
LEONARDO DA VINCI 1452-1519

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A sensação

A cor é uma sensação... é subjectiva... individual... são definições correctas, mas quando falamos de bebés, como podemos fazer uma avaliação?
Quando estou a brincar com o meu filho mais novo tenho me deparado com alguns obstáculos em relação às cores. Como sempre trabalhei com cores, acho que para mim é um objectivo que os meus filhos saibam distinguir bem as cores. Foi assim com o mais velho que quando foi para o infantário aos 3 anos, sabia as cores todas e até fazia a distinção entre tonalidades, como a diferença entre o roxo e o lilás.
Com o mais novo, de quase 2 anos, também vou tentando ensinar as cores e o melhor momento é sempre no espaço de brincar. Aproveito aqueles brinquedos de peças que encaixam consoante as cores, para lhe ir ensinando, mas está um bocadinho difícil. Lá estou eu a dizer o Mickey é no vermelho, o Donald no azul, Pateta no verde, Minie no rosa e ele olha para mim com cara que não está perceber nada do eu estou a dizer e vai tentando encaixar as peças onde calha e nem seja à força, porque não estão sítio certo, lá vão entrando para dentro da caixa.
Agora a minha dúvida é, será que ele ainda não consegue entender a linguagem, a palavra "vermelho", "azul", "verde" ou será que os seus dispositivos fisiológicos ainda não estão devidamente preparados para ter a sensação de cor.
Alguém se lembra se sempre viu cores ou de quando teve a primeira sensação de cor? Eu não? Acho que o meu mundo foi sempre a cores, eu até sonho a cores, mas não umas cores quaisquer, são cores vivas, brilhantes. Nem consigo imaginar a vida sem cores.
Será que quando nascem os bebés já conseguem ter a sensação de cores ou é uma coisa que se vai adquirindo à medida que o seu sistema neurológico se desenvolve?
Claro que há estudos sobre isso (http://www.oftalmologia-pediatrica.eu/pagina,120,145.aspx), mas quem pode comprovar com 100% de certeza? Se num adulto já dizemos que a cor é subjectiva porque a sensação de cor que tenho pode não ser a mesma que o outro, como fazemos com os bebés que ainda não adquiriram o desenvolvimento na linguagem necessário para se exprimirem?
E eu lá vou dizendo "o Mickey é no vermelho", batendo palmas quando finalmente o pequenito encaixa a cara do Mickey na oval vermelha, sem saber se foi por tentativa, por associação, porque entendeu a minha linguagem ou se conseguiu ter a Sensação de Cor vermelha????????

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A Cor

"O ser humano interpreta os efeitos da absorção dos fotões como algo a que chama luz. A cor é essencialmente um conceito subjectivo próprio do ser humano e consiste na interpretação que o sistema sensorial e o cérebro atribuem aos diferentes comprimentos de onda da luz recebida ao interpretarem os estímulos nervosos provocados pela absorção dos fotões da radiação electromagnética com comprimento de onda compreendido entre 350 e 700 nm."

A cor não é um fenómeno físico, mas sim subjectivo, a cor é uma sensação. A cor só existe no nosso cérebro porque foi estimulado sensorialmente por um estímulo, a luz. A cor sendo subjectiva logicamente é individual, duas pessoas que vejam a mesma cor no mesmo momento poderão ter interpretações diferentes, mas isto nunca poderá ser comprovado cientificamente. Não se poderá saber qual a interpretação do cérebro de outra pessoa.
A cor é assim uma manifestação do sistema sensorial que depende de três factores: Luz Física, Fisiologia do Olho e Funcionamento do Cérebro.
A luz física é o estímulo, que sendo captada pelo olho humano, dispositivo fisiológico que transforma luz em impulsos nervosos interpretados no cérebro dará origem à sensação de cor.

Porém a luz visível para o olho humano compreende só uma pequeníssima parte do espectro electromagnético. Que se situa entre os raios ultra-violeta e o raios infra-vermelhos, com um comprimento de onda entre os 380 e os 700nm. Dentro de esse espectro vísivel para cada comprimento de onda é associado uma cor. Ou melhor será dizer que ao sermos estimulados por um determinado comprimento de onda o nosso cérebro dará uma determinada sensação de cor.